quarta-feira, 9 de maio de 2012

Curiosidades curiosas 3: Ginkgo Biloba e os Paleoclimas

Alameda de Ginkgo Biloba no Japão durante o outono.
            A Ginkgo Biloba (Ginkgo biloba) é uma gimnosperma simbolo de paz e longevidade. É um espécie caducifólia  que atinge de 20 a 35 metros de altura. Suas folhas tem um formato bilobado (daí o nome Biloba).
            Atualmente é a única representante do gênero Ginkgo.
É natural da China, sendo encontrada atualmente em vários países, principalmente no Japão, devido a sua beleza e a sua grande capacidade de adaptação.
           Também recebe os nomes de Nogueira-do-Japão, Árvore-avenca, ou apenas Ginkgo, dependendo do lugar.
          Tal espécie é considerada, assim como várias outras espécies de animais e vegetais, um fóssil vivo. Isso porque ela apresenta uma característica bastante peculiar em relação ao processo evolutivo: durante os últimos 150 milhões de anos, a morfologia da Ginkgo Biloba mudou pouco ou quase nada.
           Comparando a morfologia das folhas de exemplares atuais com fósseis fica bem claro a falta de mudanças:
Foto de folha de Gingko

Fóssil de folha de Ginkgo

              Pode não parecer, mas a Ginkgo Biloba é uma das formas que os cientistas têm de estudas climas de milhares de anos, os Paleoclimas. Isso se deve porque descobriu-se que o número de estômatos  presentes nas folhas ao longo das gerações de uma espécie de planta varia de acordo com a concentração de gás carbônico (CO2) presente na atmosfera no período.
Estômato visto com microscópio de varredura.
              Essa relação é bem simples: sendo o estômato a "porta" para trocas gasosas  na folha, quando o ar está saturado de CO2  (causando aumento da temperatura média global) as plantas precisam de menos estômatos para captar esse gás carbônico. 
             O inverso ocorre quando há pouco CO2 na atmosfera (diminuição da temperatura média): as plantas precisam de mais estômatos para captar esse gás.
             Além disso, como o excesso de gás carbônico aumenta a temperatura média, as plantas também reduzem o número de estômatos a fim de diminuir o gasto de água, perdida durante a abartura dessas estruturas
           O estudo do número de estômatos de fósseis de Ginkgo Biloba é um dos muitos caminhos que, trilhados corretamente e aliados a outros caminhos (como análises de: fósseis em geral, sedimentos no solo, rochas e etc), permitem que os cientistas possam compreender melhor como o clima funcionou ao longo da história da Terra e como ele poderá se comportar um futuro próximo com mais exatidão, a fim de evitar catátrofes.

POSTADO POR: João Otávio

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